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Dia do goleiro: preparadores dos ‘inimigos do gol’ de Avaí e Figueirense falam da função

Já nasce grama no local onde eles pisam, muito porque os tempos são outros. O dia do goleiro, comemorado no dia de hoje em homenagem ao histórico Manga. Trazendo para a nossa área, os preparadores de Avaí e Figueirense representam todos os que se encarregam de evitar aquilo que todo torcedor gosta de gritar: gol.

Dia do goleiro é celebrado

Dia do goleiro é celebrado neste 26 de abril – Foto: Leandro Boeira/AFC – Patrick Floriani/FFC/ND

Flávio Kretzer, 45 anos, e Alexandre Narbal, 41, já defenderam a meta de muitas equipes. Hoje, passam aos mais novos o que aprenderam e se orgulham da profissão que escolheram dentro do futebol: a de goleiro.

“Goleiro pra mim é uma forma de vida, é uma coisa desde pequeno. Comecei goleiro, gosto muito e pra ser tem que gostar porque não é fácil. É um trabalho muito intenso, tem muito salto, um trabalho curto e grosso. O fato de você impedir os gols é muito bom, a gente vai na contramão do futebol”, conta Flávio, natural de Antônio Carlos e hoje auxiliar na preparação dos arqueiros do Avaí.

Dia do goleiro todo dia

Já Narbal, que é de Biguaçu e começou na base do Leão, hoje prepara os goleiros do Figueirense e tem uma longa história e conhecimento a contar nesse dia do goleiro.

“Hoje a gente pede que o goleiro tenha uma leitura boa, um trabalho bom com os pés e nunca esquecer que o nosso primeiro trabalho é defender. Antes até no esquema tático o goleiro era excluído, hoje já é 1-3-5-2”, conta.

Ter a função de evitar gols não é das tarefas mais fáceis. O treinamento é intenso e a pressão para que não erre a cada jogo existe. No entanto, as histórias do passado às vezes se juntam com a do presente, como no caso do Figueirense.

“Assim que voltei da Eslováquia, em 2010, eu estava no Rio Branco-PR e o Ruan Carneiro estava no clube, nunca tinha jogado no profissional. Nós fomos jogar em Ponta Grossa, na reabertura do Germano Krüger, e o goleiro do Operário era o Danilo, que morreu no acidente da Chapecoense. No jogo, fui expulso por uma confusão e aí o Ruan Carneiro fez a estreia como profissional me substituindo no segundo tempo”, relembra Alexandra Narbal.

Recomeço em casa

Treino de goleiros no CFA do Avaí - Leandro Boeira/Avaí FC/ND

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Treino de goleiros no CFA do Avaí – Leandro Boeira/Avaí FC/ND

Goleiros do Avaí: Cesar, Otávio, Anderson Moreira, Flávio, Igor Bohn e Ryan - Leandro Boeira/Avaí FC/ND

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Goleiros do Avaí: Cesar, Otávio, Anderson Moreira, Flávio, Igor Bohn e Ryan – Leandro Boeira/Avaí FC/ND

Flávio e o filho Josué, goleiro do sub-11 do Leão - Leandro Boeira/Avaí FC/ND

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Flávio e o filho Josué, goleiro do sub-11 do Leão – Leandro Boeira/Avaí FC/ND

Foi na Ressacada que o então goleiro Flávio Kretzer começou a carreira profissional. Depois foi para o São Paulo, onde conquistou a Libertadores e o Mundial de Clubes. Agora trabalhando como auxiliar de Anderson Moreira, ele conta que os treinos mudaram. No Leão ele ajuda os goleiros César, Igor Bohn, Marcão, Otávio e Ryan.

“Hoje os treinamentos são um pouco diferentes em comparação com a minha época, que era muito mais volume do que intensidade. Agora nós temos muitas opções como trabalho com vídeo, em que cada detalhe do treinamento a gente pode corrigir mostrando as imagens. Mas no fim a essência é a mesma”.

Aliás, ele tem uma partida como profissional do Avaí que guarda como uma boa lembrança.

“Teve um jogo aqui contra o Santa Cruz, em 2002 no mata-mata da Série B, a gente empatou em 1 a 1 e eu peguei um pênalti do Grafite, depois joguei com ele no São Paulo. Os jogos no quadrangular de 2001 também foram bem marcantes aqui no Avaí”.

Aventura na Eslováquia

Alexandre Narbal na Eslováquia - Arquivo Pessoal/ND

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Alexandre Narbal na Eslováquia – Arquivo Pessoal/ND

Goleiros do Figueirense: Arthur, Vinícius Barreta, Rua Carneiro, Alexandre Narbal, Antônio e Thiago Gonçalves - Ian Sell/ND

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Goleiros do Figueirense: Arthur, Vinícius Barreta, Rua Carneiro, Alexandre Narbal, Antônio e Thiago Gonçalves – Ian Sell/ND

Alexandre Narbal é o preparador de goleiros do Figueirense - Ian Sell/ND

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Alexandre Narbal é o preparador de goleiros do Figueirense – Ian Sell/ND

Alexandre Narbal passou por incríveis 38 clubes na carreira, isso que parou de jogar aos 32 anos no Inter de Lages. Após um jogo no Paraná, teve a oportunidade de ir para o futebol eslovaco defender o FK Rakytovce. E foi uma aventura e tanto.

“Acabou um jogo e o cara que não era meu empresário disse que tinha o pedido de um goleiro para jogar na Eslováquia. O problema é que era pra jogar com -25°C. Eu falei ‘nem que eu me fantasiasse de pinguim’ pra deixar passar a oportunidade. Tenho amigo até hoje lá que a gente conversa, eu consigo me comunicar em eslovaco e foi uma experiência muito legal que entra na resenha”.

O preparador tem a missão de comandar cinco goleiros nos treinos: Antônio, Arthur, Ruan Carneiro, Thiago Gonçalves e Vinícius Barreta. O trabalho é fazê-los evoluir para representar bem o Figueirense.

“Tudo isso (experiência) serve para agregar, mas não quero que os goleiros que hoje eu trabalho sejam um espelho do que eu fui. Cada um tem que ter suas características, com suas coisas positivas e dentro disso a gente encontra um equilíbrio para trazer o melhor para o atleta”.

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