Rita Lee disse ao GLOBO, por email, em janeiro de 2004: “desde que acabou a ditadura e a censura, eu digo o que me vem à cabeça, faz parte da minha falta de personalidade”. Sincera, debochada, poética, a artista, que morreu nessa segunda-feira (dia 8), não deixava jornalistas sem respostas, tinha um Twitter inigualável e uma das autobiografias mais celebradas da literatura nacional.
Aqui, reunimos algumas das melhores frases de Rita, cuja “falta de personalidade” e modéstia vão fazer falta.
- “Nenhum político se atreverá a comparecer ao meu velório, uma vez que nunca compareci ao palanque de nenhum deles e me levantaria do caixão para vaiá-los” (trecho do livro “Rita Lee: uma autobiografia”, publicado pela Editora Globo Livros em 2016)
- “Eu não estou drogada, eu sou a droga” (no Twitter)
Rita Lee: relembre grandes momentos da rainha do rock nacional
- “A vida é curta, e eu sou grossa” (no Twitter)
- “Era para a gente estar nos Jetsons e estamos voltando para os Flintstones” (em entrevista ao GLOBO, em setembro de 2021)
- “Quando eu morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta. Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá, colegas dirão que farei falta no mundo da música, quem sabe até deem meu nome para uma rua sem saída” (trecho do livro “Rita Lee: uma autobiografia”, publicado pela Editora Globo Livros em 2016)
- “LSD não é para maricas materialistas” (trecho do livro “Rita Lee: uma autobiografia”, publicado pela Editora Globo Livros em 2016)
Rita Lee nos palcos: expressividade e força feminina que liderou gerações do rock brasileiro
- “Cheguei, há pouco tempo, à conclusão de que faço música para mim” (em entrevista ao GLOBO, em novembro de 1981)
- “Hoje em dia é mais fácil um médico ser revolucionário do que um roqueiro” (em entrevista ao GLOBO, em maio de 1987)
- “Estou ansiosa para a menopausa chegar. Desde minha primeira menstruação que sempre tive cólicas terríveis no meu ciclo. Então, encaro o amanhã com tranquilidade e esperança” (em entrevista ao GLOBO em janeiro de 1995)
- “Uma palhaça que faz graça até da desgraça” (em entrevista ao GLOBO em janeiro 2017)
- “Sei que ainda há quem me veja malucona, doidona, porra-louca, maconheira, droguística, alcoólatra e lisérgica, entre outras virtudes. Confesso que vivi essas e outras tantas, mas não faço a ex-vedete-neo-religiosa, apenas encontrei um barato ainda maior: a mutante virou meditante” (em entrevista ao GLOBO em janeiro de 1995)