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Filhos contam como é dividir o espaço de trabalho com as mães: ‘temos nossos momentos’

A participação familiar pode ser encontrada em empresas e estabelecimentos, seja desde a iniciativa do empreendedorismo até mesmo dividindo o mesmo espaço de trabalho. Dessa forma, o ND+ conversou com filhos e mães que contam com essa interação no âmbito profissional e pessoal em Florianópolis.

Reportagem do ND+ apresenta história de filhos que dividem o espaço de trabalho com as mães no Mercado Público, em Florianópolis – Foto: Leo Munhoz/ND

De acordo com o gerente regional da Grande Florianópolis do Sebrae, Roberto Tavares de Albuquerque, o trabalho entre família, especialmente as iniciativas de negócios de micro e pequenas empresas através de familiares é uma prática comum na sociedade.

“Atualmente, 90% dos negócios no Brasil são constituídos por empresas familiares que são responsáveis por 65% do PIB [Produto Interno Bruto] e pela geração de 74% dos empregos brasileiros”, explicou.

Além de empresas constituídas, existem também mães e filhos que dividem o mesmo espaço. Por exemplo, Marli Moraes, que trabalha em um restaurante no Mercado Público há 18 anos e que, desde o fim de 2022, trabalha em conjunto com a filha, ambas como garçonetes.

“Não convivemos muito tempo juntas pois eu trabalhei durante toda a infância dela, que passava mais tempo com a minha mãe do que comigo. Então, é possível ter um carinho maior e passar mais tempo juntas”, conta Marli.

Maria Vitória e Marli Moraes trabalham em um restaurante no Mercado Público – Foto: Marcos Jordão/ND

Além disso, Maria Vitória, 24 anos, também valoriza o momento extra ao lado da sua mãe no momento do expediente.

“Além da oportunidade, é muito bom trabalhar com ela pois conseguimos passar mais tempo juntas. Assim como a experiência que ela me passa, pois a minha mãe sempre foi o meu maior exemplo de vida e tudo que eu sei foi ela que me ensinou”, complementa.

A psicóloga Olinda Lili Zacharia aponta que esse cenário é um grande desafio pois, além do vínculo da maternidade, lança-se ainda o segundo como colegas de trabalho.

“Para falarmos sobre as mulheres que se dispõem a trabalhar com os filhos ou filhas, é necessário entender a necessidade de essa relação estar bem saudável e alinhada. Isso é tão difícil de assumir como é de existir”, detalha a psicóloga.

Além disso, Olinda destaca que é possível que seja um convívio positivo, assim como relataram Marli Moraes e Maria Vitória, mesmo em momentos de convergência entre os assuntos de trabalho e casa.

“As conversas em casa ou fora do ambiente de trabalho se ligam muitas vezes em ideias e filosofias que podem até ser contrárias. Porém, se discutidas de forma saudável, mães e filhos se favorecem desta relação e duplo vínculo”, complementa Olinda Lili Zacharia.

Entre a faculdade e a peixaria

Alexandre Gomes de Oliveira Júnior, 26 anos, é estudante de marketing nos Estados Unidos, mas divide as férias de verão da universidade para auxiliar a mãe na peixaria, também no Mercado Público. Ele conta que já ajuda a mãe no local de trabalho desde os primeiros anos de vida.

“Eu trabalho desde criança com ela, quando ainda era em Itajaí. Como eu não tinha com quem ficar, eu passava o dia na peixaria. Apesar de ser cansativo, eu já acostumei e a relação em casa é muito diferente”, conta Alexandre Júnior.

Telma Canellas de Oliveira recebe a ajuda de Alexandre Junior durante as férias da faculdade – Foto: Marcos Jordão/ND

Mãe de três filhos, Telma Canellas de Oliveira, 50 anos, trabalha no ramo desde 2005, quando se mudou do Rio de Janeiro para Santa Catarina. Desde então, dedica-se no comércio de peixes como a sua principal renda.

“Todos os meus filhos eu criei dentro da peixaria e eles são a minha única família em Santa Catarina. Eles ficavam comigo desde pequenos e, para abrir a peixaria, colocava eles no carro ainda dormindo. Quando acordavam, tomavam café no mercado público de Itajaí, faziam as lições de casa, almoçavam e depois escola. Nas férias, é sagrado ajudar a mãe”, explicou.

Com este cenário, a psicóloga Olinda Lili Zacharia destaca a importância de discutir o papel da maternidade. “Já é algo debatido, atualmente, pois fomos percebendo quanto o romantismo tem mascarado este trabalho de ser mãe.”

Podcast aDiversa discute a sobrecarga feminina

O episódio “Não aguentamos mais aguentar: a sobrecarga mental feminina” do podcast aDiversa, da Diversa+, debate como o acúmulo de funções relacionadas à carreira, trabalho, tarefas domésticas e cuidados com a família afetam e adoecem as mulheres mental e fisicamente.

O podcast recebeu uma psicóloga clínica e mestranda na área de gênero pela UFSC e um casal de influenciadores para discutir como mulheres – e homens – podem lidar com o compartilhamento da rotina, priorizar atividades e aprender a pedir ajuda. Ouça aqui.

Mãe Raiz ou Mãe Nutella?

Para celebrar o Dia das Mães, o podcast aDiversa, da Diversa+, debate de forma descontraída os impactos das diferentes formas de maternar. Você, sua mãe, sua companheira ou alguma conhecida é Mãe Raiz ou Mãe Nutella? O tema é polêmico e divide opiniões! Ouça o episódio especial:

 

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