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Tardígrados usam super regeneração para se salvar da radiação

Você sabe qual é o animal conhecido mais resistente da Terra, podendo sobreviver até na lua? Se você falou tardígrado, acertou! Estes seres microscópicos aguentam até mesmo serem atirados pelo cano de armas de fogo e, principalmente, suportam altas doses de radiação. Uma nova pesquisa pode ter revelado como.

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Um estudo liderado pela bióloga Courtney Hachtel, da Universidade da Carolina do Norte, jogou raios gama nas criaturas para ver como seria sua resposta à radioatividade.

Os tardígrados possuem uma proteína supressora de danos que protege seu DNA e conseguem ficar em estado de criptobiose, uma dormência que os protege de qualquer condição externa e até do envelhecimento. O surpreendente é que nenhuma dessas características foi responsável pela proteção à radiação. Então o que foi?


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A super regeneração dos tardígrados

A resistência dos tardígrados à radiação ionizantes — 1.000 vezes maior do que a nossa, em média — já era conhecida, mas o mecanismo por trás da capacidade, não. A proteína supressora de dano, chamada Dsup, era suspeita de ter um papel nisso, mas espécies de tardígrado que não a possuem também resistem à radiação.

Mais uma habilidade foi adicionada ao rol dos tardígrados — a regeneração de DNA (Imagem: Antonio Segura/Wikimedia Commons)
Mais uma habilidade foi adicionada ao rol dos tardígrados — a regeneração de DNA (Imagem: Antonio Segura/Wikimedia Commons)

Colocando, então, a espécie Hypsibius exemplaris (que expressa a Dsup) sob o efeito de um irradiador de bancada, que atirou raios gama emitidos pelo decaimento beta de césio-137. Como foi possível controlar a saída de radiação, doses específicas foram testadas, indo de níveis baixos e toleráveis a uma dose letal mediana (o suficiente para matar 50% de uma população testada).

O surpreende é que a radiação não ativou a proteína tardígrada Dsup — os animais sofreram, então, um dano radioativo alto. Ao invés de se proteger, os tardígrados aumentaram muito a produção de genes de reparo de DNA, a ponto de ficarem entre os elementos mais abundantes no corpo. Dentro de 24 horas após a dose de radiação, a maior parte do DNA dos seres já estava consertada.

Para testar ainda mais fundo a regeneração digna do personagem Wolverine, dos quadrinhos dos X-men, os cientistas expressaram alguns desses genes de reparo em uma cultura da bactéria Escherichia coli, expondo-a também à radiação ionizante. As bactérias que receberam os genes tiveram uma habilidade de reparo de DNA semelhante, enquanto outras sem eles não.

Além de sentir a presença de radiação, então, os tardígrados da espécie conseguem se defender das doses reparando seu DNA, uma nova habilidade de sobrevivência excepcional descoberta em animais já conhecidamente resilientes. Para a ciência, isso poderá dar novas ideias de como proteger animais e microorganismos de radiação, segundo os pesquisadores.

Leia a matéria no Canaltech.

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