• https://www.vakinha.com.br/vaquinha/sos-chuvas-rs-doe-para-o-rio-grande-do-sul

      New Page 1

    RSSFacebookYouTubeInstagramTwitterYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTube  

Rogério Cruz: “Feliz o Iris que começou os mutirões, e feliz o Rogério, que deu continuidade”

O prefeito de Goiânia e candidato a reeleição pelo Solidariedade Rogério Cruz, em entrevista na sede do Jornal Opção, fez uma retrospectiva de seu mandato e explicou o que ainda que pretende fazer em 2024. O administrador da Capital comenta as crises que enfrentou na coleta de lixo e na saúde, e afirma que está ansioso para deixar sua marca em Goiânia com obras e o projeto Centraliza.

Ton Paulo – Estamos em ano de eleição, e há várias movimentações por parte do senhor para reverter um cenário de queda de popularidade que vem desde o ano passado. O que tem sido feito para tentar controlar a crise que vivenciamos na saúde e coleta de lixo, por exemplo?

Primeiro, na questão da coleta de lixo, nós temos a garantia, inclusive iniciada hoje, de que a cidade vai mudar de cara. Nós fizemos o contrato com o consórcio Limpa Gyn e isso é uma opção que nós tomamos porque, desde quando foi anunciado a questão que a Comurg, não teria mais como sustentar a limpeza da cidade. Passamos a trabalhar já nos processos de licitação, que não é muito rápido, é um trâmite muito demorado. Mas o que vale a pena dizer é que assumi de fato esse compromisso, tomei para mim essa dor do povo, porque manter a cidade suja ninguém quer. É a mesma coisa você ter a sua casa suja, então por isso que eu assumi no peito esse desgaste. Mas hoje está aí, o primeiro passo para a primeira resposta para a sociedade.

Nós, hoje, já colocamos na rua 51% do grupo que ganhou a licitação, o consórcio, para iniciar os seus trabalhos que começaram na noite de segunda-feira, dia 22, com a varreção mecanizada na Avenida Goiás, Centro. Além disso, esse consórcio já recebeu duas regiões muito importantes, inclusive as regiões mais problemáticas, para que pudessem dar início à limpeza na cidade, que é a região Leste e a região Norte. São duas grandes regiões que nós passamos a entender que seria mais viável para esse consórcio já assumir.

O consórcio assumiu 51,1% desses trabalhos de coleta e varrição mecanizada, para que nós pudéssemos dividir a região. As quatro regiões foram divididas. Duas, que eram Leste e Norte, para o consórcio Limpa Gyn, e a Oeste e Sul, e Centro-sul, ficaram ainda com a Comurg. Mas lembrando que o consórcio tem até o dia 27 de maio para assumir 100% todo o processo de limpeza da cidade.

Ton Paulo – Então esse problema da coleta do lixo realmente será solucionado?

Vocês têm acompanhado, é uma demanda histórica. Podemos dizer que já estamos trabalhando para resolver, trazer a verdadeira solução. Está na imprensa para todos verem, que o consórcio assumiu de fato e querendo também ajudar a gestão, ajudar a cidade, a manter a cidade limpa e cuidando da limpeza em modo geral.

Italo Wolff – A Comurg tem cerca de 7.800 funcionários. Existe algum plano para reformular a empresa?

A Comurg é uma sociedade mista, é uma empresa que tem o seu contrato com a Prefeitura de Goiânia. A Prefeitura sempre vem cobrando, dentro do contrato, a fiscalização. E agora com o novo contrato, tanto com o consórcio quanto um novo contrato que vai acontecer mais à frente com a Comurg, que é uma alteração de serviço da Comurg com a Prefeitura, ela ficará com cerca de mais 40 serviços a prestar para a cidade. A cidade de Goiânia é muito grande.

Nós temos várias praças, canteiros, e a Comurg continuará fazendo esse trabalho. Lembrando que o consórcio Limpa Gyn assumirá apenas a coleta de lixo, a coleta seletiva, como também a varrição mecanizada e a recolha também de entulhos. E são serviços, sim, que fazem uma grande diferença na cidade, fazem uma grande diferença na vida do cidadão goianiense. A Limpa Gyn vai poder assumir isso com maior tranquilidade, com mais equipamentos, como também com maior número de servidores.

Agora, a questão de continuar com o servidor, nós temos servidores concursados e servidores seletistas. Mas essa é uma decisão que a presidência da Comurg tomará, como também o conselho administrativo da ocmpanhia. Eles decidirão juntos para ter a solução dos problemas.

“A Limpa Gyn vai poder assumir isso com maior tranquilidade, com mais equipamentos, como também com maior número de servidores”, diz prefeito Rogério | Foto: Leoiran / Jornal Opção

Ton Paulo – O senhor anunciou que a Maternidade Célia Câmara agora também vai ter um Hospital da Mulher. Gostaria que o senhor explicasse como é que vai funcionar esse hospital. Tem uma previsão de começar a atender?

Isso é um projeto que nasceu há cerca 40, 45 dias. Porque na cidade de Goiânia, desde outubro de 2022, foi lançada pela primeira-dama o ‘Goiânia Sempre Rosa’, que é um programa que dá a segurança para que as mulheres tenham todos os seus tratamentos no que diz respeito ao câncer de mama. E tivemos um resultado muito positivo em um ano desse projeto. De lá para cá, nós começamos a nos empenhar para que possamos, então, criar o Hospital da Mulher, para que possamos cuidar de todas as demandas de saúde das mulheres.

Em uma conversa de mais ou menos 45 dias atrás com o secretário nacional de Saúde, nós apresentamos para ele o projeto. Estive lá junto com o nosso secretário de Saúde, e ele [secretário nacional] se identificou muito com o projeto, gostou muito. Ficou a opção de poder colaborar com o município de Goiânia, para que nós pudéssemos pegar a estrutura do Célia Câmara, e como ela tem duas alas muito grandes, nós dividimos. Temos condições de dividir em ala maternidade e ala para [hospital da] mulher.

Apresentamos esse projeto, o secretário nacional ficou muito impressionado ao ver, e já recebemos, alguns dias atrás, um comunicado dizendo que a Secretaria Nacional de Saúde vai colaborar conosco para criarmos o Hospital da Mulher, trazendo todas as condições tratamentos, inclusive com salas cirúrgicas para tratamento diretamente para mulheres. Teremos também novos profissionais, tudo voltado para a saúde da mulher.

Ton Paulo – E existe uma previsão para começar a funcionar?

Agora que recebemos o comunicado da Secretaria Nacional de Saúde, estamos propondo irmos a Brasília, voltarmos ao secretário naciona para começarmos, então, a termos o cronograma de serviço e como será a implantação desse projeto no Hospital Maternidade Célia Câmara, que em breve será também o Hospital da Mulher.

Italo Wolff – A situação com os fornecedores da área da saúde que estavam ameaçando paralisação foi pacificada?

Foi, já foi pacificada. Inclusive, tivemos várias conversas e diálogos com o doutor Wilson Pollara, nosso secretário saúde, e com algumas unidades de saúde privadas, como também sobre o atendimento a serviços, materiais ou equipamentos que são para a cidade de Goiânia. Essas conversas ainda são mantidas.

Algumas empresas estão mantendo essa conversa para o diálogo chegar na definição final e seguirmos com a saúde em dias para toda a nossa população. Principalmente em se tratando da saúde que é relacionada ao SUS. Por isso que essa busca em Brasília é muito importante. O doutor Pollara está sempre em conversações em Brasília para podermos trazer o SUS com garantia de tratamento e serviço prestado de qualidade à população.

Júnior Kamenach – Com relação ao empréstimo, a Prefeitura inicialmente contava com esse recurso para maio, se não me engano. Acho que em maio não sei se ainda dará tempo de chegar. Qual a expectativa do Executivo, e o que o senhor acha que ainda dá para faze rem 2024, quando esse recurso sair?

Dá para fazer muita coisa. Ou quase tudo, podemos dizer. Aquilo que nós colocamos no nosso cronograma de serviços da Prefeitura de Goiânia, que diz respeito ao empréstimo, inclusive, o mesmo relatório foi enviado para a Câmara Municipal. A gente está dependendo do documento agora do TCM [Tribunal de Contas dos Municípios], e esse documento, ao sair de lá, será enviado para o STN. No STN a avaliação é muito rápida, porque já vai uma apresentação e análise técnica.

E como está se tratando de uma instituição que já tem a aprovação desse empréstimo internamente, nós estamos seguros que, ao sair essa documentação do TCM, o processo será muito mais rápido e poderemos, sim, conseguir ainda em tempo hábil, através do valor do empréstimo, seguir com as nossas obras e tudo aquilo que está no cronograma, na ordem cronológica apresentada à Câmara.

Ton Paulo – O senhor mudou de partido recentemente. Eu gostaria de saber como foi essa mudança, o que realmente motivou o senhor a trocar de legenda, e se já há conversas em andamento para o vice ou a vice na chapa do senhor.

Primeiro, a questão da mudança de partido se deu por alguns motivos, mas tudo normal, que acontece mesmo na política. A política é muito dinâmica. Para que eu pudesse ter a segurança da minha candidatura e cada dia estar mais viável, eu optei por um partido que me desse essa segurança até o momento das eleições. Tivemos o convite de outros partidos, como o PP, como o PDT, como o PRTB. Recebi esse convite da presidente estadual, Vanessa [Barros], como também do próprio Avante. Esses partidos todos me convidaram para estar com eles.

O PP já tinha feito o convite quando assumiu uma pasta no nosso governo. Isso feito pelo próprio Alexandre Baldy. O PDT, quando surgiu essa questão, o Dr. George, deputado Estadual, me convidou também, como também o próprio vereador Thialu Guiotti, que é o presidente estadual do Avante, e em seguida o PRTB.

Mas o partido, de acordo com o diálogo, as conversas, que eu achei mais seguro, encontrei mais segurança até o dia das eleições, foi o partido Solidariedade. Tivemos poucos dias para definir, mas a partir do momento que eles fizeram o convite, o vice-presidente nacional, Paulinho da Força, quando esteve na Assembleia, me fez o convite.

No que diz respeito à vice, ela é decidida em roda com os partidos que estarão conosco. Os que estão, nós já estamos trabalhando, e os que ainda virão. Estamos em conversação com mais dois partidos para finalizarmos a batida do nosso martelo, mas acredito que até lá temos tempo suficiente para definirmos a questão da vice-prefeitura.

“A vice será discutida com os partidos que estão conosco”, diz prefeito Rogério | Foto: Leoiran / Jornal Opção

Italo Wolff – O Solidariedade tem a segunda maior bancada na Câmara, não?

A segunda maior da Câmara Municipal e a terceira maior da Assembleia Legislativa.

Italo Wolff – É uma base forte. E o senhor disse que está em diálogo para também ampliar essa articulação. Quais são os partidos que podem vir e como está isso?

Nós temos um partido que pela presidenta estadual, a deputada Magda Morfato, ela já declarou apoio à minha pré-candidatura à reeleição. Mas o que eu preciso mesmo é estar em contato direto com os presidentes municipais.

Nesse caso aqui, o PRD se trata do Juscelino Braga, e que teremos, em breve, uma conversa, e trazendo aí o apoio do PRD. É um partido novo, que fez a junção do Patriotas com o PTB, e que ganha uma força muito grande, tanto da Assembleia Legislativa como também na Câmara Municipal.

Com certeza, trazendo o PRD, outros partidos poderão vir. Temos o PRD e o outro partido que tivemos a conversa na semana passada foi o próprio PRTB, porque eles tinham uma situação para resolver em Brasília, vocês acompanharam.

Como já foi definido, o presidente nacional é um goiano, o Leonardo Avalanche, estivemos com ele na semana passada e acredito que as coisas estão andando. Então, esses dois partidos são os que nós estamos em fase final de conversação, e o PRD [vamos] iniciar a conversação no municipal.

Ton Paulo – E como ficou a relação com o Republicanos depois de sua saída?

Segue normal. O Republicanos continua na base. São atos que acontecem normalmente em qualquer momento político, mas o Republicanos continua na nossa base e trabalhando juntos.

Ton Paulo – O senhor fez uma mudança recente, na verdade foi mais um investimento, que foi trazer o professor Paulo Moura para comunicação do senhor. Poderia falar um pouco sobre isso? Isso significa um investimento para mostrar mais o que a gestão está fazendo? O senhor quer reformular a imagem que está chegando ao eleitorado?

Significa muita coisa, principalmente mudança de trabalho. Focar mais na gestão, mesmo em época de política. É complicado você estar na gestão e participar da política, mas eu me sinto pronto e responsável para isso, de poder estar à frente dessa pré-campanha e ao mesmo tempo fazer uma gestão. Lembrando que a gestão vai até o dia 31 de dezembro de 2024. E quando chegar o momento, mesmo de pré-campanha e campanha, são os 45 dias antes da votação, da votação eleitoral, nós temos muito o que apresentar, temos muito o que fazer.

O meu foco hoje em trazer o doutor professor Paulo Moura é justamente dar essa abertura, mostrar esse caminho mais amplo para a gestão e, quando chegar o momento de campanha, fazer no rumo certo.

Júnior Kamenach – Com relação ao Centraliza, o senhor ainda depende de algumas aprovações da Câmara Municipal. Como está a expectativa em relação a isso?

Os próximos passos a serem seguidos, a serem feitos até esses 45 dias [antes da votação eleitoral] que dá pra mexer, a expectativa é muito grande. Lembrando que, como estamos em uma gestão, temos projetos e programas que são de curto, médio e longo prazo. O Centraliza é um desses.

É um programa que tem vários projetos embutidos. Nós tivemos, inclusive, alguns domingos atrás, o início de um projeto no Centro de Goiânia, com várias ações esportivas, culturais, apresentando para a cidade aquilo que é, de fato, o Centraliza na parte cultural e esportista.

A partir de maio, em todos os domingos já teremos movimentações no Centro de Goiânia referentes ao Centraliza: projetos culturais, projetos de esportes, projetos que o morador poderá participar. Esse primeiro que tivemos, foi muito bacana. Havia um casal que morava no Centro, são comerciantes lá e que gostaram da ideia.

As mães e os pais trouxeram suas crianças, jovens, adolescentes, e ela se colocou à disposição de poder passar para essas crianças, jovens e adolescentes, o conhecimento que ela tem por histórias de Goiânia, principalmente se tratando do Centro. Achei isso muito bacana da parte dela, muito interessante. Já houve a conversa entre ela e os secretários das pastas, o secretário de Cultura, secretário de também de Finanças, que são responsáveis por esses projetos.

Achei muito interessante a pessoa da própria população se colocar à disposição por um projeto que, sabe que vai fazer uma diferença muito grande no Centro da nossa cidade. É um projeto muito amplo, audacioso, mas que assumimos com muita responsabilidade e transparência de poder fazer acontecer aquilo que a comunidade espera há décadas. Não apenas uma revitalização, mas uma requalificação do Centro de Goiânia, com grandes reformas, até obras.

E o projeto Centraliza não é um programa de gestão, é um projeto de governo, que vai ter uma sequência. Por 10, 15, 20, 30 anos, quem passar pela Prefeitura vai poder ter a garantia de que esse projeto, que envolve as pessoas, envolve os moradores, envolve artistas de Goiânia, envolve esportistas de Goiânia, vai ampliando os seus espaços.

Ton Paulo – O senhor assumiu a Prefeitura de Goiânia, infelizmente, de uma forma muito traumática, com a morte do Maguito Vilela. Como nós ouvimos de um cientista político, o senhor teve que construir sua base aos poucos, com o tempo. Quais foram os maiores desafios e dificuldades da gestão do senhor até agora?

Olha, um desafio que é muito grande, na verdade, e isso é até hoje, é o de ter o grupo de uma gestão. Hoje, nós temos secretariados que estão conosco, secretários que têm demonstrado trabalhos excelentes, projetos excelentes e que têm dado conta do recado. Mas em momento de política você precisa ampliar esse olhar em fazer gestão e, ao mesmo tempo, fazer política. E fazer política no momento certo, sem deixar a gestão.

É preciso contar com o apoio de um grupo que está ali contigo para poder segurar bem, como dizem, “no chifre do boi”, e fazer a coisa andar como tem que andar. O que a pessoa espera, o que o cidadão goianense espera é que a cidade esteja limpa, florida, que a cidade “encardida”, como disseram, seja desencardida. Tudo isso é um processo que nós estamos fazendo juntos.

Por isso que, hoje, um dos maiores desafios é você criar um grupo e manter esse grupo. Nós, graças a Deus, estamos conseguindo mantê-lo. Tem outras pessoas chegando para formatar esse grupo ainda na gestão até o final de 2024. Mas, com certeza, ampliando esse desenvolvimento para que possamos, na próxima gestão, estarmos juntos também.

Rogério Cruz: “Manter o secretariado é um desafio, mas estamos conseguindo e ampliando nosso leque de apoiadores para integrar o grupo” | Foto: Leoiran / Jornal Opção

Italo Wolff – Podem haver mais trocas no secretariado?

Pode acontecer devido a chegada de novos partidos. O que nós temos feito hoje é dar a garantia que a gestão continue trabalhando em prol da cidade. E com a chegada de novos partidos, pode ser sim que haja uma mexida aqui, uma mexida ali, não propriamente uma mexida que vá causar qualquer dano à gestão. Hoje, como eu disse, o nosso foco principal é gestão. A política vai caminhando por si só. Temos outras pessoas trabalhando, como o próprio professor Paulo Moura, que já trabalha para que a política lá na frente tenha resultados positivos.

Hoje, o nosso foco é esse: é criar esse grupo e tê-lo perto, fazer uma gestão até o final do mandato de 2004.

Ton Paulo – Tem outro ponto que, aparentemente, a gestão investiu bastante, que foram os recapeamentos, recuperação de malha asfáltica, etc. O que já tivemos de avanço desde que começou essa série de investimentos?

Nós estamos finalizando um programa que é do governo anterior, o Asfalto 630. Ainda enquanto vereador, tive a vontade de aprovar esse projeto. Um projeto também de quase 700 milhões de reais foi aprovado na época, para a reconstrução de asfalto na cidade de Goiânia. Estamos concluindo esse projeto na avenida Perimetral Norte, uma via que, todos sabem, era uma via muito problemática na cidade de Goiânia, como outras.

Fizemos o Setor aeroporto, fizemos outros bairros também com asfaltos novos, mas o primordial, o eixo desse projeto foi a Perimetral Norte, e está sendo ainda, na verdade.
 Ela ficou parada por um tempo devido ao momento chuvoso. E onde nós paramos, no viaduto da Goiás Norte com a Perimetral, próximo ao shopping, vamos mexer muito numa base profunda. Para mexer numa base profunda, como fizemos lá na parte de cima da própria Perimetral, próximo ao viaduto da 080, não pode ter chuva.

A base vai ser realmente profunda, porque vamos ter que mexer, vamos ter que aprofundar mais pelo menos 80 centímetros. Normalmente temos feito isso por 60 centímetros. Na Perimetral vai ser um pouco mais de 60 por causa do peso dos caminhões, do tipo de transporte que passa por ali. São caminhões pesados, que precisam de uma atenção para que o asfalto, ao ser colocada a massa asfáltica, não fique como uma “massa chiclete”, aquela que, quando dá a frenagem ou o arrancar do caminhão, o peso cria ondulações.

Vocês podem observar que já tem aí bastante tempo que finalizamos uma parte da Perimetral Norte, e mesmo ali, por exemplo, o acesso ao cruzamento que dá com [os bairros] Goiânia 2, São Judas, Itatiaia, tinha um problema muito sério de uma massa asfáltica ondulada. Você pode ver que, mesmo com a passage de tempo, o asfalto continua intacto, continua um asfalto de melhor qualidade. Então, a nossa preocupação é que, ao fazer um remendo profundo, com chuva é impossível.

Inclusive, semana passada iam começar [obras na massa asfáltica] e anunciaram que teria uma chuva no final de semana, e a empresa já não entrou. Precisamos ter essa garantia, porque quando você faz esse remendo profundo, precisa ter a pista, como também a terra seca, para que não venhamos a ter ou causar maiores problemas.

Italo Wolff – O senhor voltou com a realização dos mutirões. Como tem sido esse contato com o povo. O que o senhor percebe? Acredita que as pessoas já estão reconhecendo essas ações, como o Asfalto 630?

Contato com o povo é tudo de bom, é tudo que eu gosto. Cuidar de gente, estar com gente. Nós já fizemos o terceiro mutirão esse ano. Primeiro foi no São Judas, depois foi na Vila Redenção, e agora fizemos no Jardins do Cerrado. O próximo também estará numa região muito necessitada, muito vulnerável, distante do poder público, que é lá no Residencial Buena Vista. Serão no próximos dias 17, 18 e 19 [de maio]. Lembrando que no dia 13 de maio já estaremos com o nosso gabinete itinerante atendendo a população, como fazemos sempre. E o mutirão é isso, é uma marca histórica na cidade de Goiânia.

Feliz foi o Iris [Rezende] que iniciou e feliz é o Rogério por ter dado continuidade. Eu vejo assim, porque sempre temos dito isso: “Onde tem Rogério, tem trabalho”, e o mutirão tem sido essa demonstração, mais realizador, com mais de 200 atendimentos para o cidadão. Levar a Prefeitura para o cidadão, em lugares distantes, principalmente, onde não existe o poder público ali perto. Estamos levando isso.

E o mais gratificante é que você vê respostas positivas na hora em que você cuida da saúde daquelas pessoas, no momento que você cuida da regularização fundiária daquelas pessoas, no momento que você cuida de um Cadastro Único [CadÚnico], que a pessoa se perdeu um pouco, ainda mais agora, que há pouco tempo que o governo federal solicitou o recadastramento de todos do CadÚnico, e a Prefeitura tem essa responsabilidade, esse cuidado de dar essa atenção com o cidadão de ter o CadÚnico atualizado.

Tivemos agora, a primeira vez que acontece no mutirão, um circo, para as crianças e elas saíram dali felizes da vida. Além dos projetos, tivemos esportes para as crianças. Só no Cerrado preparamos dois campos para vários programas de incentivo ao esporte da Prefeitura de Goiânia, em parceria também com outros projetos. E é isso que pretendemos levar também para o Buena Vista. Acho que esses três mutirões que tivemos foram muito positivos.

Se não estou equivocado, o primeiro, do São Judas, foram cerca de 140 mil pessoas; Vila Redenção, cerca de 100 mil, e agora, no Jardins Cerrado, cerca de 120 mil pessoas. O mutirão é isso. Repito, feliz o Iris que começou, e feliz ao Rogério que deu continuidade.

Rogério Cruz: “Os mutirões demonstram que onde tem Rogério, tem trabalho” | Foto: Reprodução

Ton Paulo – Essas ações, como o Centraliza, o BRT, a mudança na coleta do lixo, os mutirões, as obras de recuperação asfáltica, devem ter um efeito pisitivo para a sua imagem. Levando em conta a queda de popularidade associada à sua gestão, por que só agora, faltando pouco mais de seis meses para o fim da sua gestão, esses projetos estão surgindo? Por que não foram aplicados antes?

Primeiro que, na questão do lixo, eu tinha que respeitar o contrato com a Comurg. A partir do momento em que a Comurg afirma para a imprensa, afirma para todo mundo que não teria mais condições de cuidar da cidade, aí é que nós entramos.

Quanto aos outros, vamos lá: 2021, 2022: pandemia. O que algum gestor fez em 2021 e 2022? Nada, absolutamente nada. Nós entramos com os cuidados para poder trabalhar com o empréstimo [de R$ 710 milhões aprovado na Câmara Municipal]. Em outubro de 2022 nós lançamos o Goiânia Adiante, então nós ‘invadimos’ de obras a cidade já em 2023.

E esse ano de 2023 é meio decorrente com muitas obras, obras de galeria, drenagem, principalmente porque foram pontos de alagamentos que foram estudados, levantados pela Defesa Civil e que nos passou. Então de 2022 para 2023, de 99 pontos de alagamento, mais de 75 foram trabalhados e com resoluções.

Assim, você começa a embarcar num processo, você começa a focar nele. Na infraestrutura, do asfalto, estamos concluindo o programa Asfalto 630, que é da gestão passada. Estamos lá na Perimental Norte. Mas como eu digo, que nós não administramos problemas, só resolvemos, então resolvemos os problemas assim, atacando. E agora chegou num momento em que encontramos espaço dentro da lei, porque tem que usar o processo de licitação.

Até o final de 2023, tínhamos um problema sério com a Lei 8.666 [que estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços]. Vai papel, volta papel, não aceita, não concorda.

Italo Wolff – E quanto ao BRT?

Quanto ao BRT, a fase 2, a obra física, já está considerada concluída, que é a do Terminal Isidória até o Recanto do Bosque. É que a RedeMob, que monta os equipamentos nas estações, são 31 estações nessa segunda fase, ela precisa de 60 a 90 dias para montar toda a estrutura de tecnologia, catraca eletrônica, leitor de cartão, as portas de vidro que abrem e fecham quando o transporte chega, tudo isso. É um processo que RedeMob assume.

Ou seja, o consórcio entregando a obra, já sendo vistoriada pela Seinfra, pela CMTC, a CMTC assume a obra e entrega o BRT nas mãos da RedeMob, que pede de 60 a 90 dias para fazer tudo isso. Enquanto ela conclui isso, nós já temos a chegada de 55 ônibus. Só que eu não vou botar os ônibus pra rodar de qualquer forma, porque são 10 ônibus elétricos, são 45 ônibus com combustão, que é a diesel, são ônibus zero quilômetro, que inclusive estivemos lá visitando em São Paulo. Ônibus com ar-condicionado, carregador de celular, wi-fi, é um conforto pra cidade.

Já disse isso pros CMTC, já mandei esse recado pra RedeMob: só vou colocar esses 55 ônibus pra rodar, inaugurando o BRT, ou seja, entregando o BRT pra cidade por completo. Se você colocar os 90 dias, então vamos dizer que em agosto o BRT funciona 100%.

Então uma obra de nove anos vai ser entregue em definitivo agora em 2024, definitive, por completo. Inclusive os semáforos inteligentes do BRT já estão ligados.

Você pode ver que as vezes a pessoa reclama porque tá piscando de amarelo naquela via da Goiás Norte, é porque não pode ligar porque é interligado com o BRT. Mas já está lá, já está ligado, é só fazer a programação.

Então, Agosto com certeza. Isso jogando lá na frente. Porque se a RedeMob cumprir o prazo dela até antes, até o final de julho pode estar funcionando.

O post Rogério Cruz: “Feliz o Iris que começou os mutirões, e feliz o Rogério, que deu continuidade” apareceu primeiro em Jornal Opção.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.
#sosriograndedosul
Essa é uma oportunidade simples, segura, efetiva (e afetiva) de estender a mão e oferecer ajuda a pessoas que estão passando por dificuldades inimagináveis no Rio Grande do Sul, após as chuvas que castigaram o Estado.
Mais do que uma simples contribuição financeira, sua doação é um gesto de cidadania, solidariedade e humanidade. É a oportunidade de ser a luz no momento mais difícil de alguém.

 

https://www.vakinha.com.br/vaquinha/sos-chuvas-rs-doe-para-o-rio-grande-do-sul