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Monitor da Violência: Pará tem redução de mortes em 2023, mas segue com mais assassinatos que a média do país

Dados do governo indicam que, entre os municípios mais violentos, apenas Barcarena teve alta – cidade tem disputa por território em razão de posição estratégia para tráfico internacional de drogas. O Pará teve, aproximadamente, seis vítimas de assassinatos por dia em 2023.
Foram 2.068 mortes violentas, segundo o Monitor da Violência, levantamento realizado pelo g1 com dados das secretarias de segurança pública dos estados brasileiros e do Distrito Federal.
O número teve redução, se comparado ao mesmo período do ano passado: foram 2.068 vítimas, 327 que os 2.395 de 2022 – queda de 13,7%.
O Estado foi um dos 3 (ao lado de Bahia e São Paulo) que tiveram maior peso na redução do número total de homicídios do país em 2023. As 327 mortes a menos registradas no estado correspondem da 20% do total de 1.648 vidas poupadas no Brasil naquele ano.
Mesmo assim, o Pará segue com índice de assassinatos superior à média nacional 25,5 vítimas a cada 100 mil habitantes, ante os 19,4 do país. É o 13º pior índice no país e o 5º pior da região Norte.
Barcarena na rota do crime
Segundo dados do governo do estado, Belém teve redução de 15% nos assassinatos em 2023. Foram 215 casos em 2023, ante 265 vítimas no ano anterior. Houve redução também em algumas das maiores cidades do estado: Marabá, Castanhal, Ananindeua, Parauapebas, Altamira.
Entre os municípios com maiores índices absolutos, Barcarena teve alta. Foram 23 em 2022 e 32 casos no ano seguinte.
O secretário de Segurança Pública do Pará, Ualame Machado, avalia que a alta em Barcarena pode estar aliada à disputa por territórios no contexto do tráfico internacional de drogas que atravessa o município, localizado na região metropolitana de Belém.
“Barcarena apresenta uma dificuldade ainda maior que no interior do estado para se controlar os crimes violentos, apesar de ter reduzido nos últimos anos, porque devido às grandes apreensões de drogas próximo ao porto de Vila do Conde, a região ainda segue estratégica para o tráfico internacional de drogas, e isso exigiu da segurança pública uma atuação mais forte. Então ali, sim, há disputa de território pelos grandes traficantes”.
Segundo o pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV/USP), Bruno Paes, essa disputa inclui facções buscando alternativas para novos mercados.
“Você tem hoje facções que exportam para o resto do mundo e ficam buscando alternativas para conseguir colocar drogas em outros mercados internacionais. Então, muitas vezes acontecem disputas territoriais nos locais onde é possível escoar essa droga. Quando esses mercados estão em desequilíbrio, existem duas facções brigando por poder e território, os homicídios tendem a crescer “, analisa Bruno Paes.
Para o pesquisador Bruno Paes, é necessário que os órgãos de segurança monitorem as mudanças e comportamentos dos grupos criminosos para poder desenvolver cada vez mais estratégias que reduzam a criminalidade.
“Colocar isso como uma meta, muitas vezes acaba determinando comportamentos no crime e reduzindo o confronto e a letalidade das disputas criminais. Então, às vezes, o próprio tráfico percebe que a disputa violenta atrai a polícia e prejudica os negócios. Levando o tráfico a mudar o comportamento e ser menos letal porque isso é mais lucrativo para os negócios”, explica Bruno Paes.
O secretário de segurança do Pará, Ualame Machado, relembra que uma nova delegacia foi inaugurada em 2023 em Barcarena. Ele também afirmou que uma base fluvial está prevista para ser disponibilizada na região ainda no primeiro semestre deste ano.
“O Estado do Pará está percorrendo um caminho traçado por um plano estadual de segurança pública, aprovado pelo Ministério da Justiça, de chegar a 2030 com média de 16 mortes por 100 mil habitantes, esse é o nosso desafio a cada ano, reduzindo cada vez mais”.

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