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Governo de MT anuncia derrubada de parte do paredão do Portão do Inferno e novo traçado após desmoronamentos


Contrato é de R$ 29,5 milhões com a empresa responsável pelo projeto. O prazo para entrega da obra é de até 120 dias, mas a data de início não foi divulgada. Projeto computadorizado do retaludamento do paredão no Portão do Inferno
O Governo de Mato Grosso anunciou durante uma coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (28), que dará início a uma obra de retaludamento – uma espécie de cortes – no paredão do Portão do Inferno, trecho que liga Cuiabá ao município de Chapada dos Guimarães, a 65 km da capital. (entenda mais abaixo)
De acordo com a equipe técnica, o governo firmou um contrato de R$ 29,5 milhões com a empresa Lotufo Engenharia e Construção, que será responsável pelo projeto. O prazo para entrega da obra é de até 120 dias, no entanto, a data de início não foi divulgada.
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Para o prefeito de Chapada dos Guimarães, Osmar Froner, o primeiro passo para o início de uma obra como essa é o licenciamento ambiental.
“Os técnicos fizeram três opções: um viaduto, um túnel ou um retaludamento, que é o corte no paredão, e parece que essa opção do corte é a mais rápida”, disse.
Novo deslizamento de rocha foi registrado na região
g1 MT
🗻O que será feito?
Um dos engenheiros responsáveis pelo projeto, Wilian Lopes, explicou que retaludamento consiste na retirada do maciço rochoso na curva do Portão do Inferno e a criação de taludes, uma série de cortes, que funcionam como degraus para impedir os deslizamentos de terra. Com isso, a estrada será recuada em dez metros, evitando também a passagem sobre o viaduto que existe hoje no local.
Segundo ele, o projeto prevê um novo traçado para a rodovia no km 46, que é considerado um dos pontos mais críticos do trecho.
De acordo com Willian, com esse novo traçado, os motoristas que passarem pela curva estarão mais seguros.
🚫Interdição
O trecho ficará interditado de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16h30. A pista será liberada de segunda a sexta apenas das 17h às 7h. Aos fins de semana, a rodovia permanece liberada a o dia todo.
No dia 13 de março, a Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra) encaminhou o projeto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e ao Ibama pedindo pela a dispensa de licenciamento ambiental. A resposta ainda não foi dada.
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FOTOS: fotógrafo registra desmoronamento em paredões de Chapada dos Guimarães (MT) há 10 anos
🚩Risco de desmoronamento
Em menos de 24h, Portão do Inferno registra dois deslizamentos de terra
Em 2023, a região foi palco de diversos episódios de desmoronamentos de blocos.(Veja vídeo acima) Essas movimentações ocorrem há anos, no entanto, as ocorrências se intensificaram desde o começo do período chuvoso, em novembro do ano passado. Desde então, o local permanece com o tráfego de veículos prejudicado.
Segundo o professor de geologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Caiubi Kuhn, o desprendimento ocorre porque as rochas que estão caindo na pista foram formadas há milhões de anos, quando o município era um grande deserto.
🏜️Ao g1, o pesquisador explicou que, com o passar do tempo, os grãos de areia se colaram e viraram pedregulhos. O professor contou que a erosão influenciou no processo de desintegração das rochas e, consequentemente, nos desabamentos.
Formação dos paredões de Chapada
Chapada dos Guimarães é conhecida pelas belezas naturais e atrai milhares de turistas todos os anos. O Portão do Inferno fica em uma curva da rodovia que liga a Cuiabá ao município, e possui paredões que chegam a 150 metros de altura.
A geóloga e mestre em geociências, Sheila Klener, esclareceu ao g1 que o município de Chapada dos Guimarães é formado por rochas sedimentares inseridas em uma estrutura geológica chamada Bacia Sedimentar do Paraná. De acordo com a pesquisadora, as pedras que estão caindo são formadas pela consolidação dos fragmentos de outras rochas.
“Na região específica do Portão do Inferno, são encontrados arenitos, que como o próprio nome diz, são rochas formadas a partir da sedimentação de areia. O relevo como vemos hoje, é um conjunto de formas que desenham a superfície do planeta. O relevo se forma a partir da movimentação de placas tectônicas e também dos agentes intempéricos que são o clima, a ação dos ventos, da água, micro-organismos, vegetação e ainda da ação humana”, pontuou.
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