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Greve dos servidores públicos de Praia Grande, SP, é suspensa por uma semana; entenda


Nova audiência de conciliação virtual com mediação do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) deve ocorrer na próxima terça-feira (23). Prefeitura confirmou a suspensão do movimento. Trabalhadores da rede municipal realizaram manifestações contra reajuste salarial estabelecido pela prefeitura
Marcio Teixeira
A greve dos servidores públicos de Praia Grande, no litoral de São Paulo, foi suspensa por uma semana. Segundo apurado pelo g1, nesta quarta-feira (17), a decisão foi acertada em audiência de conciliação mediada pelo Tribunal de Justiça do estado nesta terça-feira (16). Os trabalhadores que estavam paralisados voltarão ao serviço até uma nova audiência, quer acontecerá no dia 23 de abril.
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Os servidores iniciaram a paralisação dos serviços na última quarta-feira (10), mas a greve teve início oficialmente na quinta-feira (11). Eles são contra a proposta da prefeitura de reajuste de 4% no salário, baseado no Índice de Preço ao Consumidor (IPCA), e 13,85% no cartão alimentação, que foi aprovada na Câmara Municipal no dia 9 de abril (veja mais abaixo).
O g1 apurou, junto ao sindicato, que não houve consenso na audiência realizada nesta terça-feira. Por isso, ficou acordado que a prefeitura terá uma semana para negociar uma nova contraproposta, que considere as demandas da categoria. Caso isso aconteça, será realizada uma assembleia, antes do dia 23 de abril, para colher a opinião dos trabalhadores e definir os próximos passos.
Prefeita confirma greve
Conforme ata obtida pela reportagem, a greve está suspensa entre às 19h de terça-feira até o dia da próxima audiência. O Sindicato pediu que os dias de paralisação não sejam descontados ou computados como falta, mediante compensação ou bonificação, o que foi aceito pela prefeitura.
A audiência contou com presença da juíza assessora da vice-presidência do TJSP, um representante do Ministério Público estadual, o presidente do Sindicato, Adriano Roberto Lopes da Silva, o diretor jurídico sindical, membros da comissão sindical, advogados do sindicato, o secretário municipal de finanças e o procurador municipal de Praia Grande.
Por meio de vídeo, nas redes sociais, a prefeita Raquel Chini (PSDB) confirmou a suspensão da greve e disse que “ficou consignado em ata que o reajuste é pelo IPCA”.
“Nós concordamos, nós não vamos descontar os dias parados, porque era grande preocupação de todos. Porém, teremos que fazer a reposição. Então, todos devem uma reposição de trabalho, em momento oportuno, e assim damos por encerrado o nosso dia de hoje”, afirmou (assista abaixo).
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Reivindicações
Os funcionários públicos solicitam reajuste salarial de pelo menos 12,91% (8,91% de correção da perda do poder aquisitivo + IPCA acumulado, em torno de 4%), com a justificativa de que diversos cargos estão com salários defasados. Outra solicitação é de ajuste de 36% no cartão aliemntação.
A pauta de reivindicações ainda inclui o direito à falta abonada, retorno do benefício de vale-alimentação aos aposentados e pensionistas, auxílio-alimentação para todos os servidores com revogação do desconto mensal, inclusão de auxílio-refeição, adicional de insalubridade com cálculo no salário-base, assistência saúde, conversão em pecúnia [dinheiro] da licença-prêmio e plano de carreira para todos os cargos.
O professor adjunto da rede municipal Sérgio dos Santos Martins, de 54 anos, estava sem trabalhar desde o início do movimento. Ele contou à equipe de reportagem que retornará às atividades normalmente nesta quarta-feira.
“Eu achei pertinente, porque são contas acumuladas, eles precisam fazer cálculos. Só que dessa vez está uma forma diferenciada, não existe nada verbal. Existe um juiz por trás de tudo isso, decidindo o que deve ser feito”, relatou.
Manifestações
Manifestantes são contra reajuste salarial de 4% em Praia Grande, SP
Marcela Pierotti/TV Tribuna
No dia 9 de abril, centenas de servidores municipais de Praia Grande paralisaram as atividades para reivindicar o reajuste salarial estabelecido pela prefeitura. Eles lotaram a Câmara Municipal da cidade para acompanhar a apresentação da proposta no Legislativo. No dia seguinte, eles concentraram-se na entrada da cidade, na Avenida Ayrton Senna da Silva, para se manifestar.
Já na última terça-feira, antes de a greve ser suspensa, um grupo de servidores foi novamente até a Câmara para acompanhar a sessão das 10h.
Em entrevista ao g1, o presidente sindical, Adriano Roberto Lopes da Silva, disse que a proposta de reajuste apresentada pela prefeitura foi “irrazoável”. Ele disse considerar legítima a greve dos funcionários, que se estendeu por uma semana.
“[Queremos] que tudo se resolva da melhor forma possível, que os servidores que estão parados não sejam prejudicados, que a prefeitura aumente a contraproposta do vale-alimentação”, relatou.
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