Documento é emitido online gratuitamente pelo Cartório de Notas selecionado e certifica oficialmente o interesse da pessoa em doar órgãos em caso de morte encefálica. Acesso Restrito: conheça os bastidores da doação de órgãos
Reprodução/RPC
🩺 Em um mês, a região de Piracicaba, composta por 18 municípios, registrou 34 documentos registrados em cartório que autorizam a doação de órgãos. O documento oficial serve para manifestar e formalizar a vontade da pessoa de ser doadora de órgãos após a morte.
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Do total, 20 documentos foram emitidos por moradores da metrópole. O documento foi disponibilizado em 2 de abril em parceria dos Cartórios de Notas com o Poder Judiciário e está disponível online no Tabelionato de Notas da plataforma nacional ou pelo aplicativo.
Na plataforma, a pessoa interessada em se tornar doadora de órgãos pode, ainda, escolher qual órgão deseja doar em caso de morte encefálica: medula, intestino, rim, pulmão, fígado, córnea, coração ou todos. ✔
🤔 O que muda? Com a Aedo, o interesse é registrado em uma base de dados acessível pelos profissionais de saúde que terão em mãos a comprovação do desejo do falecido para apresentar à família no momento do óbito. Pela legislação, vigente, quem autoriza a doação de órgãos em caso de morte encefálica é a família do possível doador, que precisa ser avisada da intenção da pessoa em doar seus órgãos e tecidos.
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Como solicitar a autorização? ✍
📄 A emissão da Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos, Tecidos e Partes do Corpo Humano (Aedo) é totalmente gratuita. Em todo o país, foram 4.574 pedidos feitos, sendo 1.612 no Estado de São Paulo, segundo dados do Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal (CNB/CF).
A autorização feita em cartório pode ser consultada, via CPF do falecido, por profissionais de saúde e responsáveis pelo Sistema Nacional de Transplantes. Veja, abaixo, o passo a passo para solicitar a Aedo. 👇
Para fazer a solicitação, o interessado deve solicitar no site o seu Certificado Digital Notarizado, assinatura eletrônica que assegurará a identidade do solicitante, caso já não o tenha. O cidadão será direcionado para preencher um formulário com seus dados pessoais.
Após preencher a solicitação, o futuro doador deve selecionar um dos cartórios credenciados de sua cidade para emitir o certificado digital. O tabelião de notas selecionado irá agendar, via e-mail, uma videoconferência para identificar o interessado e coletar a sua manifestação de vontade.
Depois desta etapa, o futuro doador deve retornar ao site da Aedo para preencher o formulário disponível na página inicial para indicar quais órgãos gostaria de doar. Após o preenchimento, o cidadão deve selecionar o Cartório de Notas que fará a emissão da Aedo.
Com o formulário preenchido, o cidadão deve selecionar o Cartório de Notas responsável pela emissão da Aedo e assinar o documento gerado automaticamente por meio do Certificado Digital Notalizado solicitado anteriormente.
Por fim, a autorização assinada passa a integrar a Central de Doadores de Órgãos imediatamente. O documento pode ser revogado a qualquer momento pelo solicitante e a orientação do Colégio Notarial do Brasil – Seção São Paulo (CNB/SP) é que o futuro doador avise sua família para facilitar a busca em caso de morte encefálica.
Evolução anual dos doadores efetivos
Jornal Nacional/Reprodução
🥇 Recorde em 2023
Após queda de transplantes durante a pandemia, o Brasil alcançou a maior taxa de doadores de órgãos e bateu recorde de vários tipos de transplantes em 2023. Além da doação recorde, o país ultrapassou a meta prevista para o ano. Veja alguns números do Ministério da Saúde abaixo. 👇
Rim
2022 – 5.402
2023 – 6.116 (+13.21%)
Fígado
2022 – 2.162
2023 – 2.397 (+10.87%)
Coração
2022 – 363
2023 – 423 (+16.5%)
Apesar do recorde, no ano passado 3 mil pessoas morreram antes de conseguir um doador. Em média, de cada 14 doadores possíveis, dois se tornaram doadores de fato em 2023.
Atualmente, pelo menos 42 mil pessoas aguardam na fila por um transplante no Brasil. A maioria das pessoas aguarda a doação de um rim. Órgãos como fígado, coração, pulmão e pâncreas vem logo em seguida entre os mais demandados por pacientes que necessitam de um transplante.
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