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Professor de ginástica é baleado durante briga de trânsito e está internado em estado grave


Marlon Melo voltava do trabalho quando foi baleado. Segundo parentes, policial penal cometeu crime. Marlon de Melo, professor de dança baleado por policial penal em Olinda
Reprodução/Instagram
Um professor de ginástica foi baleado durante uma briga de trânsito no bairro de Peixinhos, em Olinda. De acordo com parentes, Marlon de Melo de Freitas da Luz, de 31 anos, voltava do trabalho de moto quando se envolveu numa confusão com um outro motociclista, que atirou duas vezes contra ele. O trabalhador foi internado em estado grave no Hospital da Restauração, no Derby, região central do Recife.
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Segundo parentes e amigos, quem atirou foi um policial penal, que chegou a registrar um boletim de ocorrência após o fato. O g1 tentou confirmar a informação com a Polícia Civil e com o governo do estado, que não responderam até a última atualização desta reportagem.
O caso aconteceu no sábado (4). Marlon Melo foi atingido no tórax e no braço. O primeiro tiro perfurou o pulmão da vítima e se alojou na coluna.
Ele foi levado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e, depois, transferido para o Hospital da Restauração, onde passou por cirurgia e está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Segundo o hospital, o estado dele é grave, mas estável.
A discussão aconteceu na Avenida Antônio da Costa Azevedo. Amigo de Marlon, o personal trainer Rafael Maranhão contou que a vítima tinha acabado de dar uma aula de ginástica coletiva e voltava para casa. Ele mora no bairro de Campo Grande, na Zona Norte do Recife.
“Houve uma discussão. Marlon estava numa moto e o outro rapaz, em outra. Eles não estavam próximos, cada um estava em sua moto. Em um determinado momento, o rapaz saca uma arma e atira duas vezes”, afirmou Rafael.
No Hospital da Restauração, segundo Rafael, Marlon foi submetido a uma cirurgia por volta das 14h do sábado (4). O procedimento terminou por volta das 17h.
“Ele passou mais de 24 horas na sala de recuperação, por que não tinha vaga em UTI. Tivemos que correr atrás de uma liminar para que ele fosse transferido para uma UTI. Soubemos, inclusive, que ele chegou a ter uma parada cardíaca e só conseguiu ser transferido no domingo (5)”, disse.
Rafael contou também que, no dia da discussão, a família de Marlon prestou depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Cordeiro, na Zona Oeste do Recife. Lá, os parentes descobriram que o agressor era um policial penal.
“Quando fizeram o B.O., o escrivão achou a história parecida com uma contada um dia antes, de um homem que foi ao local registrar um boletim de ocorrência dizendo que agiu em legítima defesa, depois de uma tentativa de assalto. Esse homem foi liberado. Atirou em Marlon de manhã e só à noite foi registrar o B.O., porque deve ter sido instruído a apresentar essa versão para se safar do que fez”, afirmou Rafael.
Segundo os conhecidos de Marlon, a versão de que ele teria tentado assaltar o policial penal é falsa.
“Marlon é um homem íntegro, um pai de família, trabalhador. Tem uma filha e uma esposa. Se trata de um policial penal que sabe da lei e sabe que usou de força desproporcional, porque Marlon não oferecia risco para ele. E ele simplesmente saiu pela porta da frente da delegacia”, declarou Maranhão.
Por meio de nota, a Polícia Civil disse, apenas, que “está investigando o caso” e que “mais informações serão repassadas em momento oportuno, para não atrapalhar as diligências”.
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