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Centrão só garante fidelidade se Lula entregar Saúde; Padilha vira alvo por blindar pasta


Pasta tem orçamento muito maior que o do Ministério do Turismo, também cobrado pelo grupo. Nísia Trindade, em foto de janeiro de 2023, em Brasília.
Walterson Rosa/MS
O entendimento no Centrão é que o presidente Lula (PT) só vai ter garantia de mais votos para suas propostas no Congresso se entregar o Ministério da Saúde.
É essa pasta, e não a do Turismo – que também é reivindicada – que o grupo quer controlar. O motivo é simples: a Saúde tem um dos maiores orçamentos da Esplanada (em torno de R$ 180 bilhões, ante os R$ 580 milhões do Turismo). Além disso, é o principal destinatário das verbas de emendas parlamentares.
Para o Centrão, o grande entrave a uma mudança no comando da Saúde é Alexandre Padilha (Relações Institucionais), que foi um dos padrinhos da indicação da ministra Nísia Trindade e o secretário-executivo da pasta, Swedenberger do Nascimento Barbosa.
Por isso, integrantes do grupo defendem também a troca de Padilha, ainda que por um outro integrante do PT – o favorito, nessas circunstâncias, é o senador Jaques Wagner (PT-BA) – que, num sinal da boa interlocução que tem com o Centrão, disse que havia “lógica” na cobrança do União Brasil pela demissão de Daniela Carneiro, ministra do Turismo que integra o partido mas enfrenta resistência da legenda.
Padilha, no entanto, blinda Nísia exatamente pelo perfil técnico da ministra, e conta, até aqui, com apoio de Lula.
Nesta quarta-feira (14), o marido de Daniela e prefeito de Belford Roxo, Waguinho (Republicanos), deve se reunir com o deputado Elmar Nascimento (União-BA) e com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) para discutir o assunto.
Uma das saídas discutidas é Daniela permanecer no União Brasil e o governo ceder uma pasta mais robusta ao partido.
No Planalto, no entanto, a possibilidade, hoje, é vista como distante pois a Saúde, assim como a Educação, são mais do que pastas robustas: são os símbolos de um governo. E o PT não está disposto a entregar o “coração” de pastas que “cuidam da população” – nas palavras de um ministro – a negociatas políticas.

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