Em coletiva realizada na tarde desta quinta-feira (15), a titular da delegacia, Raíssa Beleboni, explicou quais serão os primeiros procedimentos do caso. Jaiene Chaves Moraes, 26 anos, foi encontrada morta em um terreno baldio no bairro Ipanema, em Santarém
Divulgação
A delegacia de homicídios abriu nesta quinta-feira (15), o inquérito de investigação da morte de Jaiene Chaves Moraes, de 26 anos. De acordo com a titular da delegacia, Raíssa Beleboni, os exames realizados pelo Instituto Médico Legal (IML), podem ser comprometidos devido ao estado em que o corpo da vítima foi encontrado.
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As diligências iniciais serão focadas na identificação de possíveis suspeitos, para que se chegue na motivação do crime.
“Nós ainda não sabemos se o crime foi praticado no contexto de feminicídio ou se existem outras motivações que não o fato da vítima ser mulher, ou uma relação de vínculo amoroso entre eles. Todos os exames foram realizados pelo IML para que a gente possa ter elementos técnicos pra embasar as investigações, e alguns deles infelizmente em razão do estado em que o corpo já se encontrava, talvez não apresentem resultados tão conclusivos”, explicou a delegada Raíssa Beleboni.
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Familiares da vítima conversaram com a polícia no IML, e informaram que não tinham contato com Jaiene há cerca de 10 dias. Diante disso, após os procedimentos de velório e sepultamento, eles serão ouvidos para que novas informações sobre o histórico da vítima sejam coletadas.
As suspeitas iniciais são de que Jaiene havia sido vítima de estupro, mas o laudo pericial deve confirmar essa informação.
“Vamos precisar das informações do médico responsável pelo exame necroscópico. Mas nas condições em que o corpo se encontrava considerando as vestes, a posição em que as vestes estavam indicam que há possibilidade sim desse fato ter ocorrido”, disse a delegada.
De acordo com a delegada, a tipificação do crime dependerá de todos os elementos que serão apurados durante as investigações. Porém, em razão da gestação, além do crime contra a vida de Jaiene, há a relação do aborto do feto.
“Para tanto a gente precisa mostrar todas circunstâncias do fato, chegar a motivação para saber se realmente exisita uma relação com a gestação ou não, algum vínculo amoroso ou não, todas as circunstâncias para que a gente defina o tipo penal”, explicou a titular da delegacia de homicídios.
Todas as pessoas com quem a vítima se relacionou serão investigadas, isso porque Jaiene já havia sido vítima de tentativa de homicídio em 2021, pelo ex-companheiro, Madson Farias.
“A gente parte agora das informações sobre a vítima para chegarmos aos possíveis suspeitos. Os ex-companheiros, eventuais pessoas com quem ela se envolveu recentemente, são todos apontados como suspeitos porque nao sabemos o que aconteceu”, explicou a delegada.
Imagens de câmeras de segurança das proximidades do local serão analisadas pela polícia a fim de encontrar pistas do dia do crime. Uma equipe da polícia também esteve no local para saber quem encontrou o corpo, e quais pessoas das proximidades conheciam a vítima.
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