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Joinville inicia nova fase de método inovador contra a dengue

Em abril, Joinville iniciou uma nova fase do inovador Método Wolbachia. O município do Norte catarinense é uma das seis cidades escolhidas para receber a técnica de combate à dengue. Agora, os trabalhos entraram na etapa de engajamento comunitário com ações nas redes municipais e estaduais de ensino.

Joinville inicia nova fase de método inovador contra a dengue

Joinville inicia nova fase de método inovador contra a dengue – Foto: Prefeitura Municipal de Joinville/Divulgação/ND

A estratégia do método consiste na introdução da bactéria Wolbachia nos mosquitos Aedes aegypti. Essa bactéria está presente em 60% dos insetos da natureza e não causa danos aos humanos, mas evita que o mosquito possa proliferar dengue, chikungunya e zika.

De acordo com a Prefeitura de Joinville, o engajamento comunitário é a última fase antes do início da liberação dos mosquitos, prevista para ocorrer em julho.

Como funcionará o Método Wolbachia em Joinville

Os mosquitos com a bactéria, chamados Wolbitos, serão liberados em Joinville e vão se reproduzir com os Aedes aegypti locais. Aos poucos, a previsão é que esses mosquitos estabeleçam uma nova população que não transmite dengue e outras doenças.

Foi dessa forma que Niterói, no Rio de Janeiro, teve queda de 69% nos casos de dengue em dois anos. E na Austrália, onde foi criado, houve redução de 96% nos casos de dengue.

“Trabalhamos por muito tempo para trazer este método para Joinville e estamos atuando para garantir toda a estrutura e suporte necessário por parte da Prefeitura para que o projeto tenha o mesmo sucesso que constatamos em outros lugares do Brasil e do Mundo”, ressalta o prefeito de Joinville, Adriano Silva.

Os Wolbitos serão liberados em 17 bairros do município. Após a liberação, os locais serão monitorados para avaliação de resultados por, aproximadamente, um ano.

A escolha dos bairros considera critérios como número de focos e de casos confirmados. Os bairros somam aproximadamente 60% da população de Joinville, são eles: Aventureiro; Boa Vista; Bom Retiro; Comasa; Costa e Silva; Espinheiros; Fátima; Floresta; Guanabara; Iririú; Itaum; João Costa; Morro do Meio; Paranaguamirim; Petrópolis; Ulysses Guimarães; e Vila Nova.

“O método Wolbachia leva saúde para a população, então a população já é parte natural do processo. É importante que toda a comunidade saiba como os nossos Wolbitos vão ajudar a reduzir a transmissão de arboviroses”, explica o líder de operações da WMP Brasil (World Mosquito Program), Gabriel Sylvestre.

Além das ações de engajamento, ocorre também em Joinville a instalação de uma biofábrica. A estrutura está em fase de obras em uma unidade de saúde desativada, que seria demolida, no bairro Nova Brasília. O local vai produzir mosquitos Wolbitos que serão utilizados nas liberações.

Equipes da Prefeitura de Joinville, profissionais do WMP, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), da Secretaria de Saúde do Estado de Santa Catarina e do Ministério da Saúde atuam desde dezembro de 2023 na implementação do método em Joinville.

Sobre o Método Wolbachia

Além de Joinville, outras cinco cidades estão recebendo o método nesta fase: Londrina e Foz do Iguaçu (PR); Uberlândia (MG); Presidente Prudente (SP) e Natal (RN). Em etapas anteriores, a tecnologia já foi aplicada nas cidades do Rio de Janeiro e Niterói (RJ), Campo Grande (MS), Belo Horizonte (MG) e Petrolina (PE).

Este método de controle das arboviroses foi desenvolvido pelo World Mosquito Program (WMP), na Austrália, e, atualmente, está presente em mais de 20 cidades de 14 países.

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