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Petrobras aprova distribuição de metade dos dividendos extraordinários de 2023 aos acionistas

O pagamento de R$ 22 bilhões será feito em duas parcelas – uma agora no fim de maio e a outra em junho. Petrobras aprovou, em assembleia, distribuição de metade dos dividendos extraordinários
A Petrobras aprovou, em assembleia, a distribuição de metade dos dividendos extraordinários de 2023 aos acionistas. Foi a solução para um impasse. Os representantes do governo no Conselho de Administração eram contra o pagamento
A Petrobras viveu nas últimas semanas uma disputa bilionária: o que fazer com com os dividendos, uma parcela dos lucros que a empresa distribui para seus acionistas? R$ 94,3 bilhões referentes a 2023. Distribuir apenas o mínimo obrigatório ou também o chamado extraordinário – o que fica acima do mínimo?
No início de março, a empresa chegou a anunciar a retenção do extraordinário, queria segurar o dinheiro em um fundo de reserva. A notícia foi muito mal recebia pelo mercado, segundo analistas, por receio de interferência política na empresa.
A diretoria da Petrobras propôs o pagamento de metade dos dividendos extraordinários, mas os representantes do governo no Conselho de Administração – que são maioria – votaram contra e a proposta foi rejeitada.
As ações ordinárias da companhia despencaram na Bolsa de Valores: caíram mais de 10%, o maior tombo desde fevereiro de 2021, o que fez o índice Ibovespa fechar no negativo.
A empresa perdeu R$ 55,3 bilhões em valor de mercado em um único dia. Além disso, o resultado da Petrobras em 2023 teve uma queda de 33,8% em relação a 2022 – mesmo assim, a estatal registrou um lucro de R$ 124, 6 bilhões o segundo melhor resultado da história.
A empresa explicou que essa queda foi influenciada, principalmente, pela redução de 18% no preço internacional do petróleo e, exatamente por essa queda, os R$ 94 bilhões em dividendos representam menos da metade do que foi distribuído em 2022.
A União sugeriu, então, uma solução intermediária: pagar a metade dos dividendos extraordinários, R$ 22 bilhões, em duas parcelas – uma agora no fim de maio e a outra em junho – além do pagamento dos R$ 14 bilhões dos dividendos ordinários, o mínimo obrigatório.
A proposta foi aprovada numa assembleia de acionistas no meio da tarde desta quinta. Como a União é acionista majoritária, vai receber R$ 6 bilhões desses dividendos. O governo considera estudar o pagamento da segunda metade até o fim do ano.
“Esse é o caminho normal e é o que atende, de alguma maneira, não o mercado de uma maneira selvagem como as pessoas, mas são normas de quem vai investir em uma empresa como a Petrobras está esperando que aconteça. A Petrobras não deixou de praticar o plano de negócios dela, isso é que é importante”, explica David Zylbersztajn, ex-diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo.
Nesta quinta, as ações preferencias da companhia subiram 2,4%. A assembleia de acionistas também renovou o Conselho de Administração da Petrobras, que tem 11 pessoas.
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